sexta-feira, 28 de setembro de 2012

ASNEIRA NÃO PAGA IMPOSTO


Quando chego em Patu, eu me deleito pois estou em casa. Que delícia encontrar minhas amigas e meus amigos e saber das coisas engraçadas que acontecem e agora nesta época de política é que as coisas são mais interessantes.


            Os comícios realmente são um espetáculo à parte. Mereceriam ingresso pago. Os discursos são impagáveis, alguns muito semelhantes  aos contos da carroxinha. Ou muito parecido com o que aconteceu em certa escola. O professor, dando aula de história geral, perguntou: -Joãozinho, voce escutou a explicação que dei a respeito de Roma. Pergunto: Quem botou fogo em Roma? O menino começou logo a chorar, dizendo: -não fui eu professor. Saiu correndo e em seguida veio com seu pai, já acompanhado pela prefeita da cidadezinha. O pai foi logo dizendo: -Professor, como é que o Sr. pode achar que meu filho botou fogo naquele lugar que falou pra ele! Eu garanto que meu filho não mente. O professor respondeu: -Calma, eu apenas perguntei, quem tinha tocado fogo em Roma! Então a prefeita logo se apressou a intervir a favor daquele que já foi seu eleitor: -Olha, professor, me diga quanto foi o prejuizo causado, que se não for alto demais, a prefeitura pode pagar, e está tudo resolvido.


            Qualquer semelhança com situações atuais, não chega a ser mera coincidência. Pois, em Patulândia acontece algo semelhante. Escutando os discursos se percebe que há candidatos com sequência boa de idéias, apresentando propostas para um desenvolvimento real e sustentável, com um modo de encarar o título de gestor público como deve ser, alguém que está disposto a aplicar o dinheiro público para o bem do povo. Mas há também candidatos apenas interessados em fazer do cargo um emprego sem muito compromisso, por isso seu panfleto com a sigla e nùmero, diz que é a voz do povo, mas não tem coragem de falar em público, ou porque tem medo ou porque não tem propostas. Já é uma voz que não existe. Pelo jeito quer apenas usufruir do salário e benesses do cargo.


            Nos anos sessenta havia no rádio um programa muito engraçado chamado: "Asneira não paga Imposto", onde apareciam piadas ilustrando a burrice de certos políticos deste grande Brasil. Naquele programa surgiam formas hilariantes e disparates ocorridos em discursos semelhantes a muitos ainda hoje em dia proferidos no palanque vermelho, como por exemplo: Votem em mim que sou uma laranja, sou uma laranja doce que todos voces vão querer degustar. Ou: Vou dar um jeito de acalmar as almas penadas que vagueiam em nosso cemitério. Ou outra : Não vejo a hora de colocar na lata do lixo aqueles que não gostam de mim. 


            Reparem nos disparates: um gestor admitir que é laranja e aceitar de público que outra pessoa é que manda em seu lugar, já é demais. Não há doçura que justifique tal situação. E a respeito das almas, acredito que, se durante 4 anos não foi feito nada no cemitério, elas já tem motivo suficiente para perturbar o sono de quem falou tanta asneira. E se em Patulândia a questão do lixo já é um problema, como vai ser se lá for colocado mais um bocado de gente consciente?

             Política é coisa séria. Mas no dia a dia, não parece ser. O horário da propaganda dos candidatos, parece mais um concurso de palhaços. Mas como tudo tem uma causa, a falta de seriedade tem um fundo histórico. Há pouco tempo atrás, para se eleger, bastava sair rua a fora com uma maleta cheia de dinheiro e o voto era comprado e em seguida renegociado por outro candidato que viesse com mais dinheiro. Temos então de um lado a extrema pobreza que fragiliza a personalidade e por outro lado o poder econômico comprando votos e consciências.

            Gosto de dizer o que penso. Acredito que muitos se sentem incomodados. Pois houve quem dissesse que eu só tenho um voto. Isto é verdade, mas faço como o beija flor que ajudava a apagar o fogo da floresta com a gotinha de água que levava no bico. Ridicularizado pelo elefante, retrucou: -Faço minha parte. Por isso o meu voto agora é 25 e significa geração de emprego e respeito a meu próximo que merece viver na linda cidade, pé da Serra de Patu e da Serra do Lima de Nossa Senhora dos Impossíveis. Fico feliz em poder acrescentar meu único voto à linda vitória do 25 em que 2 mais 5 são 7 e 7 é um número perfeito e unido ao dia 7 é vitória na certa. Assim confio juntamente com a maioria dos eleitores de Patu, que acreditam em dias melhores, sem ditadura, perseguição e mentiras, como as que são divulgadas a respeito de certa pesquisa enganosa.


            Só tomara que aconteça o mesmo que houve no tempo em que Iberê e Rosalba eram condidatos. A pesquisa dava em Patu uma vitória de quase 2.000 votos a Iberê. No entanto, os candidatos de Popó, tanto para governo do Estado, para Deputado Federal e Estadual deram uma lavagem total com direito à shampoo, condicionador e perfume francês. E acredito que vai ser assim de novo, pois a maioria do povo é inteligente e sabe distinguir a verdade da mentira. Por isso acredito na vitória de Magnólia e Remédios com o apoio de Lair, de Popó e do povo. Não vou apostar, pois o voto é do povo, mas estou torcendo e muito, para que realmente a vitória seja do 25, seguido de muita festa em Patu.     

terça-feira, 18 de setembro de 2012

FESTA DA PADROEIRA EM PATU


            Neste ano de 2012, foi das poucas vezes em que não consegui participar da Festa da Padroeira  de Patu. Como tantas outras pessoas de meu município, a festa de Nossa Senhora das Dores, sempre me encantava e ir às novenas já era para mim e para muitos, um motivo de alegria em que se reuniam pessoas vindas de diversos lugares e encontar-se com elas fazia relembrar recordações passadas, geralmente mais agradáveis que tristes. E as conversas começavam muitas vezes dentro da própria igreja e continuavam depois da celebração, lá fora, sentados em torno à uma mesinha, tomando um refrigerante ou uma cerveja. E não faltavam as histórias do passado com seus personagens e presepadas, recordadas com muitos risos e gargalhadas.

            Durante a festa era muito aguardada a noite do leilão com Raimundo Leiloeiro repetindo: "e agora é o lance de tantos mil cruzeiros por este objeto oferecido por Fulano e é para Sicrano deixar e não levar". Maria de Quetin anotava num caderno o nome do arrematador e a quantia oferecida. Para colaborar com a Paróquia, resolvi por vários anos fazer um leilão na Fazenda Laje, mas organizado de forma diferente: cada objeto arrecadado, era arreamatado através de cartelas de bingo. E assim várias vezes aconteceu que o resultado chegou a ser maior que o da igreja matriz, de tal maneira que na hora da entrega do dinheiro, tanto o padre como o povo, ficavam surpresos com a diferença. Ainda havia a vantagem que com essa modalidade, qualquer morador ou vaqueiro tinha a possibilidade de participar e levar um bolo, uma galinha assada, um carneiro ou um garrote, através do sorteio, não sendo apenas privilégio de pessoas com mais recursos financeiros.

            Quem bebe muito tempo a água de Patu, quer bem a esta terra de ventos, poeira e fuxico, terra de lendas e de tradições que merecem ser relembradas. Uma intriga antiga com Geraldo Saraiva, fez com que Antônio de Lima solicitasse a El Rei de Portugal, o desmembramento de Belém do Brejo Cruz e de Catolé do Rocha do Rio Grande do Norte, anexando- os à Paraíba,  o que fez nosso Estado ficar em forma de um elefante. Numa dessas viagens a Portugal, Antonio de Lima trouxe a imagem de Nossa Senhora dos Impossíveis, que de acordo com um relato de Dom Eliseu, foi trazido de Fortaleza a Patu em lombo de animais e com acompanhamento de muitas pessoas festejando e soltando fogos. A linda imagem era bordada em ouro e prata, com manto azul que representa o céu e vermelho que representa o sangue derramado por seu Filho Jesus. É comovente imaginar a imagem no lombo de um burro, subindo a vereda até chegar à capela construida pelo Coronel Antonio de Lima, em homenagem à Nossa Senhora.


            Hoje, graças aos esforços de Pe. Henrique Spitz, há na Serra do Lima um moderno Santuário e Casa de Romeiros ou Casa de Retiros e eventual Pousada. Esta marca significativa, deixada por Pe. Henrique, como também a lembrança de Antònio de Lima merece ser comemorada em eventos e em dias especiais. Com relação à Jesuíno Brilhante, isso estava acontecendo por ocasião da Festa da Cultura, graças à iniciativas do artista plástico e teatrólogo Ricardo Veriano. Devemos mostrar a nossa história com orgulho em peças de teatro.


            Muitas coisas maravilhosas ainda poderiam ser apresentadas ao povo por ocasião da Festa de Nossa Senhora das Dores, Padroeira de Patu. Mereceria ser mais conhecida a História de Patu e do Lima, suas lendas e mitos, a história da construção da Igreja matriz pelo Pe. Luís Klur e do Santuário do Lima pelo Pe. Henrique Spitz. Ainda na subida do Lima poderiam ser encenadas pela época do Natal, o Nascimento de Cristo e na época da Páscoa , a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo.



            Se esses homens memoráveis do passado, sem terem muitos recursos a seu alcance, fizeram verdadeiros milagres de arte em construções, quanto ainda poderá ser feito na atualidade e que poderá transformar Patu numa cidade, que qualquer brasileiro e inclusive estrangeiros, gostarão de vsitar porque maravilhas poderão ser vistas depois da construção da imagem de Nossa Senhora no ponto mais alto da Serra, com teleférico, restaurantes e pousadas em grande quantidade e com larga produção de artesanato, ocasionando emprego e renda para quem quiser.

            Tudo isso de bom e promissor aguardamos no governo da prefeita Magnólia e vice Ma. dos Remédios. Teremos, sem dúvida, um reavivar da cultura em todas as modalidades, com um povo mais alegre e satisfeito, numa cidade em que todos terão gosto de viver e trabalhar. Por isso amigo ou amiga, não deixe de votar no 25, pois dias melhores virão. Quanto à Festa da Cultura deste ano não tenho o que falar, pois nada de especial vi nos Blogs. Acredito que pouco de relevante aconteceu que demonstrasse cultura de nosso povo e de nossa gente. Por todos estes retrospectos sobre o que já aconteceu em Patu, vislumbro como mais certa a vitória de Magnólia e Remédios.

domingo, 9 de setembro de 2012

CIDADANIA ACIMA DE TUDO


Cidadania, palavra que vem do latim cívitas, significa o conjunto de direitos e deveres do cidadão. A cidadania esteve e está em permanente construção, pois implica uma contínua conquista da humanidade, através daqueles que sempre lutam por mais direitos, maior liberdade, melhores garantias individuais e coletivas, e não se conformam com as dominações arrogantes, do próprio Estado, de instituições e uma minoria de pessoas que não desistem de privilégios, de opressão e de injustiças contra uma maioria desassistida e que não consegue fazer se ouvir, exatamente por que lhes é negada a cidadania plena. Ser cidadão é ter consciência de que possui direitos. Direitos à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade, enfim, direitos civis, políticos e sociais.


            Na teoria e na prática, a cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania permanece marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social.

            Mas este é apenas um dos lados da moeda. Cidadania pressupõe também deveres. O cidadão precisa ter consciência das suas responsabilidades enquanto parte integrante de um grande e complexo organismo que é a coletividade, a nação, o Estado e o Município, para cujo bom funcionamento todos têm de dar sua parcela de contribuição. Somente assim se chega ao objetivo final, coletivo: a justiça em seu sentido mais amplo, onde prevalece o respeito e o bem comum.


            Para que haja democracia é necessário que governados escolham seus governantes com senso crítico, participando da vida democrática, comprometendo-se com os seus eleitos, apontando o que aprova e o que não aprova das suas ações. Assim, vão sentir-se cidadãos. Isto supõe uma consciência de pertencimento à vida política do país, assim participando do processo de construção dos destinos da própria Nação. Ser cidadão é sentir-se responsável pelo bom funcionamento das instituições. É interessar-se pelo bom andamento das atividades do Estado, exigindo, com postura de cidadão, que este seja coerente com os seus fundamentos, razoável no cumprimento das suas finalidades e intransigente em relação aos seus princípios constitucionais.


            O exercício do voto é um ato de cidadania. Mas, escolher um governante não basta. Este precisa de sustentação para o exercício do poder que requer múltiplas decisões, agradáveis ou não, desde que necessárias, estas têm de ser levadas a cabo, com a participação ativa dos cidadãos. Estes não podem dar as costas para o seu governante apenas e principalmente porque ele exerceu a difícil tarefa de tomar uma atitude impopular, mas necessária, pois, em muitos momentos, o governante executa negócios que, embora absolutamente indispensáveis, parecem estranhos aos interesses sociais. É nessas ocasiões que se faz necessário o discernimento, próprio de cidadão consciente, com capacidade crítica e comportamento de verdadeiro sócio de seu País, Estado ou Município.


            Quanto aos deveres, quero me juntar àqueles que com muita ou pouca solidariedade fizeram o mutirão para a diminuição do fogo na Serra do Lima. Quero pedir a essas mesmas pessoas que façam mais um mutirão para preservar a vida da mãe natureza em Patu, que está ameaçada em seu lençol freático e no seu ar, em prejuizo da flora, da fauna, da criação e do gado, devido  a deposição inadequada do lixo em área da zona rural, num local não autorizado pelos órgãos responsáveis pelo Meio Ambiente.

            E isso não é apenas uma questão a ser tratada em época de campanha política, quando facilmente são distorcidos os fatos e apresentadas tantas inverdades que nem um doido vai acreditar que a melhor coisa que uma gestora poderia ter feito, foi transferir o lixo da zona urbana para a zona rural. E o pior é verificar as condições em que o lixo se encontra. Muito pior do que antes, pois atualmente há mais desleixo, muita fumaça, moscas, mau cheiro e urubus. Se agora que está seco é ruim, pois os sacos plásticos se espalham pela redondeza, levados pelo vento, com risco constante de o gado ingeri-lo, com isso provocando sua morte. E a situação se complicará mais ainda quando começar a chover, pois o xurume irá penetrar na terra ou descendo em direção aos açudes prejudicando a qualidade da água.


            Existe um vírus malvado chamado Citomegalovírus, também conhecido como vírus de duas caras. Aparentemente não faz mal, mas a ciência descobriu que apesar de ser discreto é altamente perigoso, principalmewnte para gestantes. O mesmo se pode dizer a respeito dos muitos politiqueiros, provocativos e mentirosos e quando recebem a resposta de alguém que tem coragem de enfrentá- los se fazem de vítimas. Choram e se lamentam em cima do palco. Querem enganar ao povo, simulando que Patu está a deslizar em cima de um tapete mágico.

            Nós somos a história. Eu e você que está a ler esta página. Vamos escrevê- la com coragem, com trabalho e com dignidade. Quero dizer que chorei, chorei até ter pena de mim, quando vi o que foi feito com a natureza em minha terra. Talvez hoje, as pessoas, os ativistas de brincadeira não estejam assimilando o tamanho do crime ambiental que está acontecendo à vista de todos, tamanha a destruição. Mas acredito que Magnólia e Remédios tomem as devidas providências assim que tomarem posse no dia primeiro de janeiro. Acredito nesta dupla. Elas estão vindo para fazerem de Patu realmente uma cidade celeiro de cultura rural, ambiental e geral.