Cidadania,
palavra que vem do latim cívitas, significa o conjunto de direitos e deveres do
cidadão. A cidadania esteve e está em permanente construção, pois implica uma
contínua conquista da humanidade, através daqueles que sempre lutam por mais
direitos, maior liberdade, melhores garantias individuais e coletivas, e não se
conformam com as dominações arrogantes, do próprio Estado, de instituições e
uma minoria de pessoas que não desistem de privilégios, de opressão e de
injustiças contra uma maioria desassistida e que não consegue fazer se ouvir,
exatamente por que lhes é negada a cidadania plena. Ser cidadão é ter
consciência de que possui direitos. Direitos à vida, à liberdade, à
propriedade, à igualdade, enfim, direitos civis, políticos e sociais.
Na teoria e na prática, a cidadania
expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar
ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania permanece
marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa
posição de inferioridade dentro do grupo social.
Mas este é apenas um dos lados da
moeda. Cidadania pressupõe também deveres. O cidadão precisa ter consciência
das suas responsabilidades enquanto parte integrante de um grande e complexo
organismo que é a coletividade, a nação, o Estado e o Município, para cujo bom
funcionamento todos têm de dar sua parcela de contribuição. Somente assim se
chega ao objetivo final, coletivo: a justiça em seu sentido mais amplo, onde
prevalece o respeito e o bem comum.
Para que haja democracia é
necessário que governados escolham seus governantes com senso crítico,
participando da vida democrática, comprometendo-se com os seus eleitos,
apontando o que aprova e o que não aprova das suas ações. Assim, vão sentir-se
cidadãos. Isto supõe uma consciência de pertencimento à vida política do país,
assim participando do processo de construção dos destinos da própria Nação. Ser
cidadão é sentir-se responsável pelo bom funcionamento das instituições. É
interessar-se pelo bom andamento das atividades do Estado, exigindo, com
postura de cidadão, que este seja coerente com os seus fundamentos, razoável no
cumprimento das suas finalidades e intransigente em relação aos seus princípios
constitucionais.
O exercício do voto é um ato de
cidadania. Mas, escolher um governante não basta. Este precisa de sustentação
para o exercício do poder que requer múltiplas decisões, agradáveis ou não,
desde que necessárias, estas têm de ser levadas a cabo, com a participação
ativa dos cidadãos. Estes não podem dar as costas para o seu governante apenas
e principalmente porque ele exerceu a difícil tarefa de tomar uma atitude
impopular, mas necessária, pois, em muitos momentos, o governante executa negócios
que, embora absolutamente indispensáveis, parecem estranhos aos interesses
sociais. É nessas ocasiões que se faz necessário o discernimento, próprio de
cidadão consciente, com capacidade crítica e comportamento de verdadeiro sócio
de seu País, Estado ou Município.
Quanto aos deveres, quero me juntar
àqueles que com muita ou pouca solidariedade fizeram o mutirão para a
diminuição do fogo na Serra do Lima. Quero pedir a essas mesmas pessoas que
façam mais um mutirão para preservar a vida da mãe natureza em Patu, que está
ameaçada em seu lençol freático e no seu ar, em prejuizo da flora, da fauna, da
criação e do gado, devido a deposição
inadequada do lixo em área da zona rural, num local não autorizado pelos órgãos
responsáveis pelo Meio Ambiente.
E isso não é apenas uma questão a
ser tratada em época de campanha política, quando facilmente são distorcidos os
fatos e apresentadas tantas inverdades que nem um doido vai acreditar que a
melhor coisa que uma gestora poderia ter feito, foi transferir o lixo da zona
urbana para a zona rural. E o pior é verificar as condições em que o lixo se
encontra. Muito pior do que antes, pois atualmente há mais desleixo, muita
fumaça, moscas, mau cheiro e urubus. Se agora que está seco é ruim, pois os
sacos plásticos se espalham pela redondeza, levados pelo vento, com risco
constante de o gado ingeri-lo, com isso provocando sua morte. E a situação se
complicará mais ainda quando começar a chover, pois o xurume irá penetrar na
terra ou descendo em direção aos açudes prejudicando a qualidade da água.
Existe um vírus malvado chamado
Citomegalovírus, também conhecido como vírus de duas caras. Aparentemente não
faz mal, mas a ciência descobriu que apesar de ser discreto é altamente
perigoso, principalmewnte para gestantes. O mesmo se pode dizer a respeito dos
muitos politiqueiros, provocativos e mentirosos e quando recebem a resposta de
alguém que tem coragem de enfrentá- los se fazem de vítimas. Choram e se
lamentam em cima do palco. Querem enganar ao povo, simulando que Patu está a
deslizar em cima de um tapete mágico.
Nós somos a história. Eu e você que
está a ler esta página. Vamos escrevê- la com coragem, com trabalho e com
dignidade. Quero dizer que chorei, chorei até ter pena de mim, quando vi o que
foi feito com a natureza em minha terra. Talvez hoje, as pessoas, os ativistas
de brincadeira não estejam assimilando o tamanho do crime ambiental que está
acontecendo à vista de todos, tamanha a destruição. Mas acredito que Magnólia e
Remédios tomem as devidas providências assim que tomarem posse no dia primeiro
de janeiro. Acredito nesta dupla. Elas estão vindo para fazerem de Patu
realmente uma cidade celeiro de cultura rural, ambiental e geral.
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