Nós seres humanos, temos necessidade de manter a história de nossa vida, contada e escrita, para não ficar no ostracismo e às vezes para servir de exemplo para futuras gerações. Quero, antes de mais nada, focalizar alguns eventos políticos interessantes.

            Quando o já Deputado Federal Chico Rocha foi pela segunda vez candidato ao cargo, pensávamos que em sua terra natal Patu, haveria apoio total a sua candidatura, pois sempre empregara muitos conterrâneos em suas empresas de ônibus, tanto em Brasília como em Manaus. Qualquer pessoa de Patu que chegasse a sua residência,,era bem recebida e socorrida em caso de qualquer precisão, doença ou outra dificuldade.

            Mas igual a muitos outros municípios com gestores de visão mesquinha, em sua terra natal não foi fácil a campanha política, justamente porque o povão estava do nosso lado e isso parecia incomodar o governo municipal. Várias vezes, quando organizávamos um comício, havia a tentativa de boicote. Mesmo assim íamos, nós todos os da família, com minha mãe à frente, indo de casa em casa e convencendo as pessoas a votarem em Francisco Rocha.

            Foi quando num daqueles dias de campanha, me denunciaram de estar comprando votos no Bairro João Pereira, juntamente com Zilah, Abigail, Linderleide e diversos familiares nossos. Aconteceu que no dia anterior à eleição, o próprio Juiz de Direito encostou o carro no local onde estávamos entregando as velas dos filtros de água já doados em dias anteriores, e nos disse que estávamos todos presos. Era pelas duas horas da tarde. Fomos todos detidos, juntamente com os filhos e levados à Delegacia de Polícia para o registro.

             Não tardou para que a TV Cabugi lá comparecesse para fazer a reportagem. Na delegacia era um Deus me acuda. O povo foi chegando, uns por curiosidade, outros revoltados dando apoio a Chico Rocha e pedindo aos gritos que nos soltassem. Às 10 horas da noite fomos liberados para júbilo das pessoas que na saída nos recepcionaram O povo, principalmente o nordestino, não aceita que alguém seja injustiçado, e no caso citado, logo percebeu que a oposição estava fazendo jogo sujo. Não quero aqui justificar nossa atitude de pedir voto em momento impróprio, mas a maneira como os contrários agiram, fez com que nós representantes de Chico Rocha, ficássemos como vítimas, enaltecidas no dia seguinte. Pois apesar de não ter sido eleito no computo geral do Estado, em Patu ele foi vitorioso em todas as urnas, para grande alegria nossa.

            Com isso quero dizer que o momento político que agora estamos vivenciando tem bastante semelhança com aquele. Acontece que hoje, o apoio dado a Popó é algo impressionante. Basta lembrar que no dia da convenção dos partidos que apoiaram a Chapa de Magnólia para prefeita e Ma. Dos Remédios, irmã de Possidônio, para Vice, o delírio que acometeu ao povo, foi algo nunca visto quando ele pronunciou seu discurso. Êle pode ser “o diabo em figura de gente” como afirma a oposição, mas o certo é que ele é amado pelo povo. Sabe-se que Popó errou e muito, quando foi prefeito. Mas também realizou muito do que prometera. O que não é aceitável é a maneira como o tratam muitos, que muito o bajulavam e sugaram de tal maneira que ele antes de ser prefeito, sendo contador conceituado e bem de vida, ficou em dificuldades financeiras e humilhado por aqueles que considerava amigos, depois que entregou o cargo de prefeito.

Talvez seja isso que o povo faz dele um herói idolatrado, de tal maneira que chegou a fazer uma “vaquinha” para lhe dar de presente, no dia de seu aniversário, uma moto nova, amarela, cor de seu partido. E na hora da entrega, Patu parou para homenageá- lo com muita festa. Por isso, pelo que tudo indica, nas próximas eleições haverá muita comemoração por mais uma vitória bem merecida para Magnólia e Remédios com a ajuda de Popó, o amigo de sempre e Lair, o médico comprometido com o povo de Patu.